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7 coisas que lojas e clubes de vinho não vão te contar sobre como escolher um vinho de qualidade

Muita gente evita parar em frente a gôndola de vinhos em um supermercado ou loja especializada. É frustrante e intimidador olhar para um mar de rótulos e não ter a menor ideia do que comprar. E o que dizer sobre vasculhar dezenas de sites que oferecem vinhos em busca de algo que agrade e caiba no bolso?

Por medo de errar, a maioria dos consumidores Brasileiros acaba condenada a comprar aquele Cabernet Sauvignon Chileno de sempre. Um vinho simples, mas geralmente bem feito, boa fruta, um toque de madeira, acidez, tanino, álcool e corpo médios. Um vinho completamente previsível, para não dizer chato. Se você tem vontade de experimentar coisas novas, é preciso aprender a interpretar informações básicas que estão disponíveis nos rótulos e nas fichas técnicas nos sites de vinho.

vinho rioja doc

1) Reserva e Gran Reserva: Principalmente entre as marcas nacionais, Argentinas e Chilenas se criou o estigma de que um vinho tipo Reserva é melhor. Na maioria dos casos, os produtores realmente separam o melhor suco, das melhores parcelas de vinhas e utilizam as suas melhores barricas para maturar o vinho. O problema é que nos países do Novo Mundo (Américas, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul) não existe uma padronização. Ou seja, de um produtor para outro pode variar muito a forma como o vinho foi feito e, consequentemente, sua intensidade e complexidade de aromas e sabores. Sendo assim, é preciso ler a ficha técnica para ter uma expectativa mais acertada do que iremos encontrar dentro da garrafa.

2) Reserva na Espanha, Riserva na Itália: Os únicos países onde o termo Reserva está padronizado e estipulado por lei são Espanha e na Itália. Na Espanha a classificação do vinho é feita da seguinte forma:

. Joven - pode ou não passar por barril de carvalho.

. Crianza - 2 anos de envelhecimento, sendo 6 meses em barril de carvalho e o restante em garrafa (se for de Rioja, no mínimo 1 ano em barril).

. Reserva - 3 anos de envelhecimento, sendo ano em barril de carvalho. . Gran Reserva - 5 anos de envelhecimento, sendo 18 meses em barril de carvalho (se for de Rioja, no mínimo 24 meses em barril).

Na Itália o termo Riserva pode variar ligeiramente dependendo da região de origem. Para um Barolo, por exemplo:

. Barolo - 3 anos de envelhecimento, sendo 18 meses em barril de carvalho

. Barolo Riserva - 5 anos de envelhecimento, sendo 18 meses em barril

. Classico - O termo "Classico" pode ser adicionado para indicar que o Vinho foi produzido a partir melhores parcelas de vinhas.

3) Reservado: Nos dias de hoje é bastante comum encontrarmos vinhos com o termo Reservado estampado no rótulo. Mas afinal o que significa isso? Na prática, Reservado não tem significado algum. É apenas uma jogada de marketing para atrair os olhos do consumidor para o produto. Existem casos em que o produtor fermenta e matura o vinho em tanques de inox e adiciona chips ou aduelas de carvalho para dar um toque de madeira no vinho. Fora da Espanha e da Itália, fica a critério do produtor classificar o vinho como Reservado ou Reserva.

vinho reservado chileno

4) AOC ou DOC: Appellacion de Origen Contrólée e Denominação de Origem Controlada (DOC) são informações super relevantes que encontramos nos rótulos de vinho do velho mundo (Europa). No caso de um AOC ou DOC, significa que o vinho seguiu, tanto na vinha quando na adega, a normas rigorosas estabelecidas pelas instituições que controlam a produção de vinho daquela região. Em outras palavras, encontrar os termos AOC ou DOC no rótulo do vinho é um indicativo de qualidade do vinho.

vinho francês doc aoc

5) IGT: Indicação Geográfica Típica (IGT) também é um termo utilizado por produtores do velho mundo. É semelhante à DOC, porém as normas são menos rigorosas, permitindo aos produtores introduzir castas e adotar métodos de produção alternativos àqueles permitidos na DOC. Um exemplo de IGT cuja qualidade é igual ou superior a de um DOC são os vinhos super Toscanos.

6) Cuvée: Alguns produtos exibem o termo Cuvée. Assume-se que foi utilizado o apenas o suco da primeira prensa, ou presa flor, para a elaboração desde vinho ou espumante. Sendo assim, o consumidor tem acesso a um produto de qualidade superior.

7) Vinhas Velhas ou Vieilles Vignes: É sabido que nos primeiros anos de vida a vinha produzirá frutos não adequados para a produção de um vinho de qualidade. Os produtores começaram a destacar o termo Vinhas Velhas no rótulo pois essas vinhas tem menor rendimento (produzem menos cachos), porém seus frutos dão origem a um mosto extremamente rico e concentrado. Consequentemente, os vinhos serão de qualidade superior.

vinho português vinhas velhas douro

(*) Termos como Cru e Gran Cru utilizada na França e a classificação Pradikatswien utilizada na Alemanha serão tratada em outro post.

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